sábado, 30 de maio de 2009

CARTA PRA VOCÊ

Meu caro destino,

não fique aborrecido se me refiro à você em tão grande intimidade. Mas também, o que esperava depois de todo aquele tempo fazendo-me esperar e acreditar em coisas do amor e de experimentos com meu coração? Portanto, esteja em paz, sente-se e leia o que agora lhe confio. Não faça trejeitos, alguém pode perceber-lhe a confusão e ceticismo. Contenha-se, sou corajosa, decidida e logo entenderá o motivo desta carta.
Venho pensando em nós dois. É claro que sempre pensei. Você, distraído, menino levado ocupado de suas travessuras aos outros, nem me percebeu a tristeza. Confiei-lhe minha vida, meu amor e minha alegria. Você me traiu, levou a fantasia e acha tudo muito divertido. Lhe afianço que não é. Quem perdeu, quem esperou e não viu cumprir fui eu. Foram as minhas rosas que se perderam no chão do jardim e foi meu o jardineiro que você afastou. O canteiro faleceu, não resistiu e você, alheio a tudo, apenas sorriu e afagou-me o ego distante com mais esta prova de vencedor cruel. O que esperava de uma lôba aflita, perdida entre seus devaneios e se fazendo renascer de cinzas remanescentes? Viu o que você fez? Não me venha com meias verdades, vá lançar suas dúvidas alhures, bem distante.
Olvidou minhas súplicas de saudades e nem tentou entender o meu coração. Assim fez, assim sentí. Esteja certo de que nada mais me proporciona tanto prazer em vida do que ver-lhe o semblante preocupado com a minha atitude. Vá saindo de minha estrada, sente-se noutro caminho. Vou passar sem você e sua falsa atitude. Não choro mais nem mesmo se você suplicar. Saí a tempo de ver a porta se fechar sem nunca mais se abrir. Agora, é casa abandonada, mato crescente e de volta às minhas verdades e sonhos. Melhor deixar como está. Exatidão num momento em que tudo que possuo é a mim mesma, inexiste. Quando sair, for embora, leve a música que fiz pra você. Não sou egoísta e o pouco que tenho, me basta. Desconstrua o caminho, este aqui não lhe pertence mais.

Sem mais,
Chris.

ALÉM DE TUDO, HÁ VOCÊ

Percebo a noite,
a calma do meu quarto e vida.
Sinto saudade, reflito.
Além de tudo, há você!
Encolhida na minha cama,
sinto as primeiras lágrimas de saudade.
O travesseiro, a coberta fria,
mas além de tudo, há você!
Você que não passa,
que não seguiu, enredou-se em mim.
Me esquece agora aflita e aninhada,
escolhe me dar o que eu nem queria mais.
Há o sonho não consumado,
a vela apagada, o corpo exumado.
Há os barcos que não voltaram,
as amantes que não cansaram.
E além de tudo, há você!
Das cores não há mais viva,
que o vermelho da sua falta.
Passo em branco o meu olhar solitário,
perdido em buscas desesperadas.
Rezo frases desencontradas,
protejo seu nome em oração.
De mim não mais saberá,
nem das razões, dos males que calculava.
Há a vontade de esquecer,
as portas que vão se fechar.
Há os tolos projetos ao mar.
Porque além de tudo, não haverá mais você!

Beijo,
Chris.

O ERRO

Quando você, eu ou qualquer outra pessoa comete um erro, o que lhe vem logo em seguida? A sensação de vazio, de impotência, de arrependimento? Ou ficamos todos nós a esperar que o tempo passe e carregue este peso feroz? Isso para os conscientes. Para os que se movem, alardeam. Para os demais somente alguns instantes de devaneios. E só. E aí ninguém é altruísta neste episódio.
Imagino o sofrimento dos que cometem alguma falha, enganam-se em determinado momento e veem de repente, toda a sua vida envolta em nuvem negra. Porque não se perdoa os erros, mas muitas vezes se dissipa o culpado no mundo da indiferença e da vulnerabilidade. Vejo os que aí se encontram com olhar piedoso, algo impessoal e fenotípico.
O erro induz a crenças, todavia muitas são falsas e mesmo causando estragos há quem enxergue frutos bons. A forma como erramos, nada tem a ver com o que somos, mas com o que buscamos ser e aparentar. Aprender é ato de coragem e muitos são os caminhos que levam a isso. Errar é um deles. Quer me fazer crer que nem todos aprendam errando,mas todos erram aprendendo. A vida nem sempre oferece a "borracha", o "apagador", entretanto ladeia aquele que erra, de possibilidades. Alguma delas poderá fazer as honras do esquecimento. Saber qual, é outro caminho a aprender e trilhar. Só não acerta quem não nasceu e não erra quem não vive. De todo erro sobra ilusão e aprendizado. Saber ver isto e deduzir o reparo é fator indispensável ao crescimento pessoal. Lamentar e esquecer não será jamais suficiente, quanto numa sociedade tão carente de verdades e de princípios verdadeiramente valiosos. Errar, assim como acertar, são dois méritos diferentes que desencadeiam os mais diversos fatos e reações. Porém, a diferença entre eles é que errando, o indivíduo é atirado ao poço, enquanto que o outro é elevado ao pedestal.
De um jeito ou de outro, ambos estão em evidência e só não auxilia quem jamais errou.
Aliás, quem estiver figurando na última frase, que atire a primeira pedra. Quem já experimentou o amargo do saber ter errado, sente-se aqui, podemos conversar. Porque hoje eu errei. Em se plantando tudo dá, se perdoando tudo se ouvirá.

Beijo,
Chris.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

CONFUSÃO CANINA


Eu tenho duas filhas.
E dois cachorros.
As filhas por vezes se estranham, mas são sempre amigas.
Os cachorros...bem, com eles nem sempre funciona assim.
O mais velho pertence a primeira filha. O mais novo, a filha caçula.
Permití que "Marley" ( nome sugestivo,não? ) viesse porque foi presente de minha irmã e minha caçula havia se encantado com ele quando visitamos a família. Não tinha a exata dimensão do que viria pela frente. Achei que a interação canina fosse fácil ou pelo menos normal. Para mim bastava que cada um tivesse sua caminha, sua vasilha de comida e água, suas donas e seu focinho. Não foi bem assim. Quando o yorkinho Marley chegou,o "yorkão" Luke Skywalker ( afffffffffff ) já estava conosco há quatro anos. Apesar de dócil, tranquilo e não latir muito, Marley revelou-se um sonso. Logo tomou posse,literalmente, de tudo que pertencia ao Luke. O local de dormir, os brinquedos, a vasilha azul e o carinho das meninas. Difícil. E aí começou a saga. Por ser mais velho e entender a posição do filhote, Luke não reagia a mordidinhas, rosnados e dentes à mostra por parte do pequeno. Mas não por muito tempo. Passou a demosntrar claramente que estava de "saco cheio" daquele moleque intrometido e passou a revidar. Marley tem sua caminha e Luke, o que chamo de "poleiro"; é uma tábua suspensa a poucos centímetros do chão e forrada com colchão próprio pra cachorros. Isso evitava que ele fizesse xixi onde dormia e facilitava a higiene do local. Marley passou a dormir aí, desprezando a caminha-berço. A disputa foi acirrada. Quando um descia por motivo qualquer, o outro subia e se aninhava. Um sempre ficava no chão. A solução foi fazer um poleiro maior e comprar colchão novo também. Um a zero pra nós. Marley passou a fazer xixi ( bem feito ) no quarto do "ditador" com quem moro e eu até acharia engraçado não fosse ter que enxugar e acalmar a situação. Mais tarde passei a exigir da caçula a realização desta tarefa. Fechamos a porta do quarto. Aí, passou a mexer em tudo no banheiro e tentar se afogar no vaso sanitário. Fechamos a porta do banheiro. Brigavam constantemente e Luke desenvolveu uma agressividade que jamais tivera. Esta semana acabei com a peleja. Consultei uma comunidade orkutiana de veterinários e adestradores. Responderam-me que muito provavelmente os dois cachorros se consideravam "acima" de mim hierarquicamente e por isso não obedeciam. Ah, é assim? Veremos. Lembrei-me de quando o Luke veio pra nós ainda bebezinho; recusava-se a aprender o local certo pra fazer o pipi e popô. Peguei-o, fitei seu olhar e disse: "Hoje é sábado, você tem uma semana pra aprender, do contrário volta de onde veio". Nem chegou a tanto. Na sexta-feira já acertava o local direitinho. Repetí com os dois agora. Coloquei-os sobre o balcão da área de serviço ( eles temem altura,hehehehe ), fitei-os e disse: " Vocês teem uma semana pra se adaptarem, do contrário, castro os dois". Dois a zero. Dividem a caminha na boa e apesar de reclamarem, brincam com as meninas e se toleram. Luke agora ensina coisas pro Marley,como subir e descer escadas, esconder chinelos ou esperar a caçula na volta da escola. As vezes os pego conspirando e confesso certo temor nestas horas. Só não acertaram ainda quem come na vasilha verde e quem fica com a azul. Não faz mal, a ração é a mesma e talvez sejm daltônicos, vai saber. A única certeza é que agora aprenderam quem manda aqui...quase sempre.

Beijos,

Chris.

Dois Anjos.

O passado próximo lhe cobrava alguma coisa. Deixara o noivo que durante anos fora seu único pretexto de felicidade para encontrar nos braços e no coração de outro, a verdadeira alegria de viver. Causara revolta naquele que fora abandonado,preterido e imensa felicidade em seu novo par. Padecera pelos ciúmes e fúria do outro,mas resistira ao lado daquele que julgava ser o grande e verdadeiro amor. Venceram. Ou pelo menos, assim se sentiram. E naquele que lhe pareceu o auge de todas as melhores coisas e momentos de sua vida, uma chuva forte, um freio quebrado e um acidente tiraram-lhe a certeza absoluta que tinha da existência de Deus em seu coração. Sabia que amava e sentia-se amada igualmente. Não, definitivamente, Deus não poderia existir. Inconcebia consentimento para tamanha dor. Tampouco acreditava em "castigo".
Aceitar o inusitado convite de uma amiga para que repousasse em sua casa nas montanhas tinha sido muito difícil. Teria até recusado, não fosse a ausência de forças, totalmente esgotada pelo desencadear das últimas semanas. Perder o homem amado, transpor todo aquele ritual, ouvir palavras enfáticas, desejos contidos, olhares afetados, tudo havia composto sua dor e levado sua resistência. Deixara-se levar. Poderia ser bom, a amiga afável não merecia uma recusa. E lá estava ela.
Sentada, joelhos dobrados, braços entrelaçados, olhar molhado e perdido no vasto penhasco alí, logo à frente, cobrindo-lhe a distância. O que fazer? Onde mora o recomeço? Perguntas chegavam-lhe na companhia do anoitecer. Era preciso voltar. Já abusara do convite da amiga e desde então, passaram-se algumas semanas.
Na manhã seguinte, recebera a visita do noivo ferido, ainda ressentido,porém agora solidário:
_ Vim buscar você! Vamos voltar, eu a ajudarei, sem palavras,
prometo me calar e esperar pacientemente.
_ Eu já saí de sua vida.
_ Mas não do meu coração.
Enfraquecida pelos dias sem dormir ou se alimentar de maneira apropriada, deixou-se abraçar, mas desvencilhou-se e pediu que ele fosse embora. Prometeu pensar, retornar em breve e juntos então conversariam depois. Ficou observando, recostada à porta, que ele se afastasse, viu quando o carro desapareceu. Enxugou as lágrimas que l a presença do noivo lhe causara, lembrou-se do difícil diálogo quando o rejeitou e enfim, a lembrança do amado que se fora deste mundo de modo violento e repentino. Ao final da tarde, caminhou até o penhasco de onde gostava de observar o pôr-do-sol inebriante, cujos raios iam-se lentamente adormecendo e vestindo todo o vale de cores azuladas fortes e lilás. Cruzou os braços e ajustou o agasalho na tentativa de conter o frio que sentia. Um rápido vento passou-lhe pelo rosto, fez esvoçar-lhe os cabelos lisos e longos e um sopro de arrepio fez tremer o corpo. Fixou olhar naquele horizonte, viu algumas penas azuladas passarem voando à sua frente e sentiu braços entrelaçarem-lhe o corpo por trás. O perfume conhecido causou-lhe torpor, fechou os olhos e se deixou levar por aquele abraço aquecedor e tranquilizante. O beijo veio seguro e confortante no pescoço, mãos viraram-lhe o corpo e pode então assegurar-se do que seu coração insistia em ver, mas teimava-lhe a certeza. Era ele! O amado que partira, estava alí, o rosto não mudara, o corpo forte e envolvente, os olhos negros como aquela noite que descia, a fitar-lhe e apertar seu corpo contra o dele sem lhe permitir fuga ou medo. Não pensava, apenas sentia e se deixava sentir. Beijou-a com a delicadeza e calor que somente os anjos o sabem. Acariciou-lhe os cabelos, fez desaparecer toda dor e lágrimas e calmamente disse-lhe aos ouvidos:
_ Não há neste mundo uma só pessoa que nos separe. Nada se interpõe entre seu coração e o meu. Porque somos uma só energia, um só caminho, uma luz intensa e um só nome: Amor! O tempo se encarregará de lhe trazer a paz, o retorno da alegria e esperança em dias melhores. Não duvide de Deus, de suas intenções ou respostas para com nossas vidas. Não desista, não pense na morte como fim. E finalmente, jamais esqueça daquilo que carrega em si e que, de agora em diante, constituirá sua melhor certeza da presença de uma força maior a nos unir. Estarei com você por toda sua vida e chegará o momento de nosso reencontro. O universo nos rege e nos supera na existência, mas conspira a nosso bem e amor eterno. Eu sempre vou amar você!
Ainda pode sentir-lhe o hálito doce num último beijo e depois, apenas o vazio. Pelo vale, penas azuladas bailavam por toda parte e ao seu redor. Apenas a noite e o frio como testemunhas. Mas entendera suas palavras. Sem mais lágrimas, sem dor ou medo do futuro. Aliás, este lhe acenava em forma de carinho ao passar delicadamente as mãos por sobre seu ventre. Entendera as palavras daquele Anjo e sabia que a acompanharia pela vida afora. Porque também compreendia que nenhum sentimento seria maior diante daquele imenso amor que os unia! E havia, lenta e cautelosa, a certeza de um outro Anjo que chegaria!

Beijos de um Anjo!

quinta-feira, 21 de maio de 2009

PARALELAS

Sentada de frente pra avenida,
ví quando a chuva veio.
Sentí quando a chuva se foi.
São duas ruas,
são paralelas,
molham-se nuas.
Assim feito o meu olhar distante.
Jamais se cruzam,
são duas correntes
que vão soltas à distância.
Contrárias e molhadas
as duas musas e uma só avenida!
Ou eu e você.
No coração de menina
balança o poeta menino,
como a árvore da rua apressada.
Eu e as ruas opostas.
Como nossos dois pensamentos:
Eu sempre pensando em você.
Você em todo mundo,
menos em mim!

Beijos,
Chris.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

OS MEUS PÉS

Não posso dizer que sou modesta quando o assunto são meus pés. Isso não seria justo nem com eles mesmos. Mas resolví algumas questões depois que lí o texto de minha filha sobre elegância. E posso garantir, ninguém deveria se descuidar no quesito pisante.
O certo é que constituem nosso meio de locomoção, nem que seja pra chegar até o carro. A menos,claro, que flutuem.
Como a gravidade é inimiga de tudo que está para cima, vai ser nos pés a maior carga de peso depositada. Portanto, todo cuidado é pouco.. Toda prevenção também.
Tenho mania de cuidar dos meus. Não gasto muito com isso, sou sábia de natureza ( perdão, modéstia zero ). Tenho substituto pra tudo que é produto muito caro e a necessidade que faz o "sapo pular" também me fez buscar alternativas que coubessem em meu bolso. E valeu a pena!
Não abro mão dos meus saltos, é a única forma de esquecer momentaneamente meu pouco mais de metro e meio; até acho bacaninha as meninas usando "havaianas" quando saem por aí ou no shoping da vida, mas sinceramente, não usaria. E isso nada tem a ver com idade, já ví mulheres de todas as idades ousando. Tenho a impressão de estar em direção às areias da praia,onde sem dúvida, melhor chinelos mesmo. Já me aventurei num salto à beira mar e o resultado foi desastroso. Entretanto, morre aí a necessidade de usar chinelos.
Meus pés são educados, comportam-se bem nos saltos e raramente me torturam. Mas se o fazem, ficam assim enquanto se fizer necessária minha presença e elegância. Não tiro e nem ouço os gemidos dos dedos. Nada que compressas de gelo mais tarde não resolvam. E muito carinho, claro.
Meu pé esquerdo já moveu processo contra a prefeitura anos atrás. Quebrou-se em quatro partes diferentes ao ter que aguentar meu corpo que despencou sobre ele depois de tropeçar num dos buracos da obra de urbanização. Dor maior não conhecí. Mas recuperou-se a tempo de estar dentro de uma bota para os festejos juninos daquele ano.
Com o perdão de minha filha e dos demais que comentaram a favor, ouso dizer que elegância também é adjetivo de pés bem cuidados deliciosamente acomodados numa sandália de salto fino a desfilar sobre pedras portuguesas de um calçadão qualquer que constitua caminho obrigatório para se chegar a notório hotel!

Bjus a todos, concordem ou não.
Chris.

terça-feira, 19 de maio de 2009

JARDIM E JARDINEIRO

Eu tinha um jardim.
Rosas, somente rosas de todas as cores e perfumes,
de muitos poemas e amores,
que jamais deixei de cuidar.
Eu tinha um jardineiro.
Regava e mantinha meu olhar.
O jardineiro foi embora,
obrigou-me os olhos fechar.
Chorei a perda cruel,
sem ao menos saber o porquê.
Do nada deixou-me à mercê,
e o pobre jardim ao léu.
As rosas, abandonadas ,caem aos poucos ao chão.
A paisagem não é mais colorida.
O olhar se volta à ferida,
que o jardineiro abriu em meu coração!
Eu tinha um jardim.
Dei à ele um jardineiro, uma aliança.
O jardim perdeu-se em mim.
O jardineiro, a esperança.
Não tenho mais um jardim.
Não cultivo mais as rosas.
Mas procuro um jardineiro,
Para amar em verso e prosa!

Bjus,
Christal.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

DE TARDINHA

De tardinha você tinha que estar aqui...em meu olhar!
Teria que passar ao lado e entrelaçar as mãos.
Poderia dar as flores, desde que as segurasse pra eu não espirrar muito,rs.
De tardinha, você faria acelerar o coração. O seu ou o meu?
Tanto faz.
Ah, garoto com jeito de homem maduro...de tardinha, você tinha que ser. Só isso.

Não poderia estar sozinho,
mas a companhia teria que ser o meu olhar.
Tomaria conta de você e saberia encontrá-lo em mim.
De tardinha, você me daria o pôr-de-sol mais belo do Rio.
Eu te levaria às estrelas.
Por que não?
De tardinha, só se você viesse,
junto trouxesse a sua poesia, seu limiar de sonhos.
E assim, tutor e aninhada,
abraçaria e o levava... pra passar a noitinha enluarada!

Beijos pra você ( e só você sabe quem é de fato você! )...
Chris.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

ESCURO DO NADA.

Há um tempo em minha vida onde o escuro tende a ser mais constante. Os olhos não precisam estar abertos, é isso que transforma a paisagem em inspiração.
Eu acredito que algumas vezes a nossa vida passa por uma estrada branda, sem trânsito intenso e sem nenhum entusiasmo. Só não entendo bem o motivo certo.
Talvez Deus sinalize sua hora de partir,
ou seu momento-paz,
até mesmo o prenúncio de dias muito agitados e prepotentes.
Não possuo a disposição das perguntas, mas alguma coisa me diz aqui dentro que isso não é normal. Pelo menos pra mim e isso atesta quem me conhece,claro. Hiperativa de natureza, incapaz de conciliar preguiça e descaso.
Mas nestes dias, ando assim. Invadida por este sem-nada-que-me-agrade-fazer.
As palavras são arrastadas pelos dedos a deslizar no teclado sem nehuma noção de onde vão parar. Quero muito um conto, uma crônica, um apelo erótico,uma poesia. Nada. Nada de nada. E passo a ouvir Sarah Brigthman,mas nem ela me leva daqui, me atualiza na emoção. É, hoje não sairá nada mesmo, melhor me conformar.

Bjus.