Cristais são feito olhos apaixonados cintilando ao efeito da luz para aqueles que o admiram!!! São meus textos, são frágeis e se partidos ao chão não mais se acomodam à vida que antes havia! Cristais são palavras mantidas com carinho e facetadas para que jamais se esqueçam que pela terra passei!!!
quarta-feira, 30 de abril de 2008
sábado, 26 de abril de 2008
Num desabafo de final de expediente, veio a frase desdita e cruel: TUDO NA VIDA PASSA!
Você já reparou que em quase tudo que transpomos, estas palavras sempre se encaixam com exatidão? É a lógica então. E por que não passaria?
A febre arde, reage...mas passa.
A dor, ela vem, mas passa.
A alegria, contagia mas passa.
A festa esperada, enlouquecida vem...e passa!
A infância acontece, mas passa.
O sinal abre...o carro passa.
A máquina lava, o ferro passa.
A uva seca... e vira passa!
Partindo da premissa incontestável e sem saída, ficamos alí, colega e eu,totalmente concentradas em discernir sobre este fato relevante,mas teimando em buscar alguma coisa em nossas vidas que não passasse.
Mas o que?
Às vezes rimos muito, crises de felicidade latente, a côr desabrocha em nossos rostos e o espelho reflete a vida que nos chega. Noutras, que pode ser o momento seguinte, esculpimos no corpo todo uma dor dilacerante, um verbo calado e irritante que acompanha as lágrimas escorridas. Mas que também passam.
Há momentos em que significativamente nos falta o chão. Acelera-nos o coração, tudo ao tempo igual,recente. Seguidamente,nos tomam os movimentos dançantes e eufóricos e nos aproxima do amor.
Ah! O amor!
É isto então.
Numa surpresa aliviada,projetamos a resposta doravante encontrada: O AMOR!
Este não passa. Resiste ao tempo, às tempestades, às cores, às mudanças e objetivos; encara as forças,recupera falências, dita as suas regras e não estabelece limites. Não tem raça, desconhece fronteiras e ignora personalidades. Amor que desnuda, que nutre e alcança; que dá e esquece, que perdoa e afiança. E que mesmo sozinho, não perde a sua companhia.
Tudo pode mesmo passar...
Mas passando pelo amor, passa e deixa ficar,
na alma o que não pode passar!!!
sexta-feira, 25 de abril de 2008
SER MULHER
quinta-feira, 24 de abril de 2008
VIOLÊNCIA DOMÉSTICA - PARTE 1
Gestos que classificávamos como "perda de paciência", olhar impiedoso que acreditávamos ser "desabafo" de rotina, palavras rígidas e incisivas que justificávamos como "maneira de falar". Desdém e maldade que jamais analisávamos como princípio,meio e finalidade de agredir. Pelo simples fato de que a gente se acostuma!
A gente faz vista grossa à tudo em nome da família, dos laços que ( ? ) nos unem e pelos filhos. Transformamo-nos em muro de testes para munição e não nos damos conta de que,à nossa volta, nada pára e nos suporta, senão nós mesmas. Simulamos uma felicidade sinuosa,enquanto o nosso próprio conceito de felicidade vai descendo ralo abaixo,transpondo rios e alcançando o mar infinito e irrefreável. Fechamos as janelas de nossa inteligência e sufocamos a nossa capacidade de desfrutar o mundo exatamente como ele existe: Para todos nós!!
Por muito tempo, levam-nos, e nós tbm, a acreditar em nosso oblíquo comportamento diante dos fatos, da convivência e dos amores, até então, encerrados alí mesmo, em nosso "lar". Quer nos parecer que todos estão insensatos, impiedosos e que nada há de errado em apanhar de vez em qdo, em ouvir grosserias, levar empurrões, ouvir ditaduras e conjeturas irracionais mas absolutamente legíveis em nome de um casamento.
Até bem pouco tempo, naufragava a nossa identidade, dia após dia, no latente e inconfundível desdém de nós mesmas. E quem nos diria sermos capazes de nos conduzir e às nossas vidas sem aquele leme sempre à postos; sem o freio justo e presente pastilhando soberbamente sobre nossos cérebros. Quem, em tamanha impetuosidade e atrevimento sopraria as cortinas de fumaça que durante anos encobriram a nossa triste realidade? Porque a gente se acostuma. E quem acostumado está, cego está, surdo fica e falham os demais sentidos. Tranca-se o espírito antes livre, n'algum calabouço distante e atira-se as chaves num abismo sem fim.
Mas aí, como badalo insistente e poderoso, soam os primeiros acordes do despertar. É fácil? Não, jamais o será. Geralmente vem em forma de tempestade, arrastando tudo que encontra pela frente. É a bofetada mais forte, a humilhação sentida no âmago ainda não atingido até então. É o empurrão que destrava o cadeado enferrujado, a palavra cortante que abre e dilacera a ferida latente. É um filho que se encoraja e se interpõe na tentativa de fazer cessar os atos,verbais ou não. É a porcelana lançada ao chão, o teclado de seu pc, sua única companhia nos últimos meses ( quem de fato lhe ouvia e dava vazão ) fatalmente atirado contra a parede. São seus ouvidos, recebendo insultos inopinados. Está formada, então, toda a sua vasta e inadvertida forma de encarar a violência dentro de casa!!!
CARTA À FILHA PELA PASSAGEM DE SEUS VINTE ANOS EM FEVEREIRO/08
quarta-feira, 23 de abril de 2008
terça-feira, 22 de abril de 2008
segunda-feira, 21 de abril de 2008
De alguma janela bem intencionada, acionei o farol da lembrança, qual água a matar-me a sede em dias de verão outrora !
De onde saíram aqueles olhos de mel e de saudade que espelham um coração de pedra polida, centrada, escorregadia e melancólico?
Quisera partir neste barco à vela, sem sentido, sem nenhum risco no mapa e pra não mais aportar...
Triste luar!
Vazio de estrelas.
Soma tênue de amor consumido e ódio assumido.
Sombra de página virada, platéia calada,
cristais partidos ao chão!!!
Nada possa ser resgatado...
Ao tempo que tudo consome!!!
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