quarta-feira, 30 de abril de 2008


Tenho um amigo virtual há dois anos, aqui mesmo do Rio mas que jamais nos vimos. Marcamos alguns encontros,mas sempre adiávamos. Eu o admiro muito, acho que ele tbm sente isso, somos amigos MESMO, dividimos muita coisa um com o outro e nos divertimos bastante por aqui. Semana passada achamos que já estava na hora de nos encontrarmos, aproveitando um momento de interesse mútuo marcamos para terça ( ontem ). Fui pra cidade ( Ah, a cidade! ) e liguei pra ele avisando que estava lá. Ele chegou, fomos pra um café bastante simpático que eu já conhecia,rs. Off topic: Gente, que gatoooooooooooooooo,hehehe. Tá,né. Então, começamos a conversar, ele pediu um suco de laranja e eu um capuccino. Só pra constar, pra encontrar um gato destes de 28 aninhos, qual mulher iria vestida de burca? Pois é, nem eu. Estava de minisaia,hehehe. Tudo bem, papo vai,papo vem, até ele começar a narrar uma passagem de sua infância. Em dado momento, na empolgação,sei lá, a mão dele derrubou o copo, que ainda estava cheio, e o suco todo veio parar nas minhas pernas. De cima, abaixo!!!! Imaginem só, aquela coisa amarela e viscosa escorrendo pernas abaixo feito cachoeira!!! E ainda de quebra, pra enfeitar, aquelas sementinhas que minha filha chama de "grilinhos" no suco,hehehe. Qualquer uma daria faniquito. Não eu,rs. O mais incrível foi isso, a calma com que nos mantivemos apesar de todos nos olharem e estava cheio o local. Ele, como um gentleman que é, levantou-se e foi em busca de ajuda. Eu mudei de lugar e fui me secando como pude até o garçon trazer uma toalhinha. Ficamos tão tranquilos que tudo se resolveu rapidamente.No fim,qdo ele me deixou no metrô, lascou esta: " Sabe, o bom de ter derramado suco em vc, foi ter a chance de observar bem de perto as suas pernas!"Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh, se não fosse amigo mesmo e eu estar ainda apaixonada por outra pessoa!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Mas foi uma baita massagem no ego,rsrsrsrsrs!!!

sábado, 26 de abril de 2008


Num desabafo de final de expediente, veio a frase desdita e cruel: TUDO NA VIDA PASSA!

Você já reparou que em quase tudo que transpomos, estas palavras sempre se encaixam com exatidão? É a lógica então. E por que não passaria?

A febre arde, reage...mas passa.

A dor, ela vem, mas passa.

A alegria, contagia mas passa.

A festa esperada, enlouquecida vem...e passa!

A infância acontece, mas passa.

O sinal abre...o carro passa.

A máquina lava, o ferro passa.

A uva seca... e vira passa!

Partindo da premissa incontestável e sem saída, ficamos alí, colega e eu,totalmente concentradas em discernir sobre este fato relevante,mas teimando em buscar alguma coisa em nossas vidas que não passasse.

Mas o que?

Às vezes rimos muito, crises de felicidade latente, a côr desabrocha em nossos rostos e o espelho reflete a vida que nos chega. Noutras, que pode ser o momento seguinte, esculpimos no corpo todo uma dor dilacerante, um verbo calado e irritante que acompanha as lágrimas escorridas. Mas que também passam.

Há momentos em que significativamente nos falta o chão. Acelera-nos o coração, tudo ao tempo igual,recente. Seguidamente,nos tomam os movimentos dançantes e eufóricos e nos aproxima do amor.

Ah! O amor!

É isto então.

Numa surpresa aliviada,projetamos a resposta doravante encontrada: O AMOR!

Este não passa. Resiste ao tempo, às tempestades, às cores, às mudanças e objetivos; encara as forças,recupera falências, dita as suas regras e não estabelece limites. Não tem raça, desconhece fronteiras e ignora personalidades. Amor que desnuda, que nutre e alcança; que dá e esquece, que perdoa e afiança. E que mesmo sozinho, não perde a sua companhia.

Tudo pode mesmo passar...

Mas passando pelo amor, passa e deixa ficar,

na alma o que não pode passar!!!

sexta-feira, 25 de abril de 2008

SER MULHER



Porque sou uma mulher!
E como um sismo, arrebatei as adormecidas ilusões.
Queime o seu parágrafo, deixe-me entrar,
porque sou uma mulher.
Deite a sua fantasia em baú esquecido,
envergue o roupão da sua solidão,
não se interponha entre a porta e meu sonho...
Porque sou uma mulher.
E se ao se expôr em lentes vazias,
ao nada se vir, ao vasto delirar a sua melancolia,
se afasta depressa e se esconde,
finja soberbo que não me vê...
justifique a sua dislexia,
oculte e reverencie, abre os olhos e respire...
Sinta medo, foge a heresia...
Ou outro dislate qualquer...
Porque fui...não sou mais a sua mulher!!!!!!!!!






Hoje...como em todos os dias,só queria um abraço!!Mas um abraço sincero, daqueles que vc sente o coração da pessoa pulsando e aquela mãozinha dando palmadinhas nas costas!! Queria sentir de verdade que o calor humano existe, que até aquele seu vizinho chato não é mais tão chato assim!Hoje, queria ter encontrado vc no sofá da sala, vendo seu programa de televisão,mas na verdade,cochilando de vez em qdo... Queria que vc se alegrasse com a minha chegada,só porque,finalmente,tomaria seu cafezinho comigo,rsrs!Hoje, a minha solidão bateu forte em cada degrau que subí... e parei no alto da escada pra procurar vc...meus olhos varreram toda a sala e não lhe encontrei!Hoje,tomada de saudade e decepção pelas coisas que não deram certo, corrí para casa com uma única esperança latente no coração: A de lhe ver!!!Mas, diante do vazio e ansiosa por voltar ao passado próximo... esquecí que vc já não mais fazia parte deste mundo...já não figura mais em nosso seio familiar!Mas eu só queria um abraço seu...MÃE!!!!!!!!!!!!!

quinta-feira, 24 de abril de 2008

VIOLÊNCIA DOMÉSTICA - PARTE 1


Uma das coisas que me fragilizavam apenas em falar era a violência doméstica, pela sua absurda forma de acontecer, pela sua covardia e de onde,quase sempre saíam,incólumes, os seus agressores.

Gestos que classificávamos como "perda de paciência", olhar impiedoso que acreditávamos ser "desabafo" de rotina, palavras rígidas e incisivas que justificávamos como "maneira de falar". Desdém e maldade que jamais analisávamos como princípio,meio e finalidade de agredir. Pelo simples fato de que a gente se acostuma!

A gente faz vista grossa à tudo em nome da família, dos laços que ( ? ) nos unem e pelos filhos. Transformamo-nos em muro de testes para munição e não nos damos conta de que,à nossa volta, nada pára e nos suporta, senão nós mesmas. Simulamos uma felicidade sinuosa,enquanto o nosso próprio conceito de felicidade vai descendo ralo abaixo,transpondo rios e alcançando o mar infinito e irrefreável. Fechamos as janelas de nossa inteligência e sufocamos a nossa capacidade de desfrutar o mundo exatamente como ele existe: Para todos nós!!

Por muito tempo, levam-nos, e nós tbm, a acreditar em nosso oblíquo comportamento diante dos fatos, da convivência e dos amores, até então, encerrados alí mesmo, em nosso "lar". Quer nos parecer que todos estão insensatos, impiedosos e que nada há de errado em apanhar de vez em qdo, em ouvir grosserias, levar empurrões, ouvir ditaduras e conjeturas irracionais mas absolutamente legíveis em nome de um casamento.

Até bem pouco tempo, naufragava a nossa identidade, dia após dia, no latente e inconfundível desdém de nós mesmas. E quem nos diria sermos capazes de nos conduzir e às nossas vidas sem aquele leme sempre à postos; sem o freio justo e presente pastilhando soberbamente sobre nossos cérebros. Quem, em tamanha impetuosidade e atrevimento sopraria as cortinas de fumaça que durante anos encobriram a nossa triste realidade? Porque a gente se acostuma. E quem acostumado está, cego está, surdo fica e falham os demais sentidos. Tranca-se o espírito antes livre, n'algum calabouço distante e atira-se as chaves num abismo sem fim.

Mas aí, como badalo insistente e poderoso, soam os primeiros acordes do despertar. É fácil? Não, jamais o será. Geralmente vem em forma de tempestade, arrastando tudo que encontra pela frente. É a bofetada mais forte, a humilhação sentida no âmago ainda não atingido até então. É o empurrão que destrava o cadeado enferrujado, a palavra cortante que abre e dilacera a ferida latente. É um filho que se encoraja e se interpõe na tentativa de fazer cessar os atos,verbais ou não. É a porcelana lançada ao chão, o teclado de seu pc, sua única companhia nos últimos meses ( quem de fato lhe ouvia e dava vazão ) fatalmente atirado contra a parede. São seus ouvidos, recebendo insultos inopinados. Está formada, então, toda a sua vasta e inadvertida forma de encarar a violência dentro de casa!!!


CARTA À FILHA PELA PASSAGEM DE SEUS VINTE ANOS EM FEVEREIRO/08

Minha amada primeira princesa

Hoje,exatos vinte anos depois daquela madrugada tumultuada de fevereiro de 1988, venho lhe dizer de todo meu amor. Você, por sua incansável paciência para comigo,sua dedicação e carinho, certamente merecia uma festa incrível. Mas ainda não foi desta vez,filha. Acredite, eu me esforço,mas as coisas não saíram como desejei. Ainda não. Sim, você sabe da minha persistência e garra. Ainda farei a festa, você verá. Logo após aqueles dias de tempestade e muita confusão no ano de 88,você fez sua estréia neste mundo com a maestria de uma verdadeira princesa. Foi insuperável até neste momento. Esperou,pacientemente em minha barriga,aconchegada no ninho que tão bem cuidei pra você, que as águas baixassem. Sem muitos discursos, já q a jornalista aqui é você,rs...Muitas felicidades,filha, muita luz e sabedoria em seu caminho. Muita alegria, continue trilhando seu caminho com a capacidade que só você sabe ter. Tenha sempre consigo o carinho imenso que cultivo em sua alma e de sua irmã. Aliás,esta,com certeza, aprende muito com você. Mas também ensina,diz aí,hehehehe. Peço à Deus que coloque sempre a mão sobre sua cabeça e coração para assim estar por toda vida sob as bênçãos Dele. Torço muito por você daqui do backstage e sigo feliz com todas as suas conquistas e realizações. Vou continuar confiando em suas ações e suas idéias. Estarei lhe auxiliando em tudo quanto puder e você me permitir. Acredito que não está longe o momento de mais uma vitória sua e me adianto...estarei lá junto!!! Muitos beijos desta sua mãe muito diferente das outras e que às vezes lhe confunde,hahahahahaha.Que Deus a abençoe!!!!
Mamys!

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Passado não conta, pode ajudar a desvendar o presente oculto e só; passado é passado.Uma teoria bastante atraente é a que diz que o passado é um fardo pesado que a maioria de nós carrega por que quer, porque achamos que assim justificamos um presente mal vivido, conturbado e assim vamos nos arrastando mundo afora. Precisamos de alguém que nos diga a verdade, porém nem sempre a verdade cabe dentro de nós mesmos. Fica, digamos assim, inflada demais!


Não é fácil passar conhecimentos a alguém que só os compreenderá muito mais tarde, porque não se trabalha contra o tempo com perfeição e sem que haja prejuízo de outras áreas de nossas vidas. Por isso, preciso buscar todas as formas de me fazer entender com minha filha sem passar a idéia de alienação, sem me impôr, mas ao mesmo tempo deixar claro algumas questões; se fosse uma tarefa fácil, com certeza o mundo seria perfeito. A adolescência, então, é uma fase melindrosa, capaz de nos fazer chegar ao alge da impaciência e também à emoção. Imagine-se contando à sua filha que você não teve tantos namorados, que foi tímida, devagar mesmo e que gostaria que ela lhe tomasse o exemplo. Ou, pior, imagine-se dizendo à ela que sua lista de namorados foi, digamos assim, uma auto-estrada, que você nem "ficava", "ia" e que gostaria que ela não fosse bem assim. Pois eu sou esse segundo aí. Agora tente imaginar o olhar dela para mim nesse momento.Sei lá, a vida é uma via pública e nem sempre o que parece é... ou foi! Eu posso dizer que aproveitei bem a minha juventude, que, aliás, está ainda bem próxima que fique bem claro. Namorei mesmo, saí muito, dancei todas e nem fui eu o "arroz-de-festa",muito menos a mais bonita da turma; até porque , naquela época a minha auto-estima "ia muito bem obrigada".Saí com minha filha e o papo rolou a respeito. Mas eu creio que há certas coisas que nos chega ao conhecimento aos quinze , porém, só os assimilamos bem mais adiante. Maturidade! Ah, quem é capaz de entender a si mesmo sem ter vivido ainda metade do que tem para viver? E quem é imune à metamorfose que se nasceu para ser? Ninguém. Então, eu me entrego a devaneios sobre a minha adolescência e fico tentando identificar algo parecido na de minha filha. Nada é mesmo igual, não tem jeito; há que se achar vestígios, ainda que longe, mas a certeza é que,cada um vive a seu modo, não importando a origem, cada fase de sua vida, cada virada, cada caminho, sem contudo perder a imagem, ficando apenas com a semelhança!

terça-feira, 22 de abril de 2008


Em todas as águas que atravessei, deixei algo de mim!!
Um tanto de canto e de poesia, de mágoa e exatidão.
Preconceito lançado, dor apagada, momento fantasia.
Mas de todas as águas que atravessei, talvez seja esta,
que agora transponho,
a que mais me chega tardia!!!!

segunda-feira, 21 de abril de 2008

QUEIMANDO PIMENTA

... Aí iniciamos, quase que heroicamente, todo o processo de "desconstrução". Passamos a fazer "vista grossa" pra tudo aquilo que mais admirávamos nele. Não, ele NÃO é charmoso e beleza não compõe a lista ( existia? ) de suas qualidades. Mas QUE qualidades? Ele sempre foi muito pouco atraente. Cruzes, o que era aquele queixo? Barba sempre por fazer e quando vinha pronta, merecia ser garoto-propaganda do "bandaid"!.
NÃO, ele não é inteligente. E deixou claro isso ao mudar de namorada. NÃO, ele não faz a melhor macarronada do bairro. Ele sempre pensou que fazia e vc o deixou acreditar. O que é um pouco de caridade,né não?
Mas vamos combinar, isso tudo até vc o vir com a "outra".
Dá pra descrever o brilho disforme, totalmente embaçado do seu olhar? Mesmo a mais insignificante lente fotográfica registraria facilmente aquele rubor instantâneo de sua face.
Pode até não ser uma loira estonteante ou morena à La Juliana Paes, mas É a outra; pode não ter o melhor penteado, mas É a outra; não exibe os dotes intelectuais e literários da Martha Medeiros,( os seus sempre se destacaram dos dele-risos.) mas É a outra.
E se por acaso tiver todas ou parte das qualidades acima citadas...bom, aí, é hora de contra-atacar. Risos.
Vc, mais inteligente, esperta, preparada, inigualável, corpo sarado,cabelo bem cuidado, preparada pra transformação. Claro, a essência pode e deve ser preservada, afinal, foi baseado nela que ele se aproximou,né.
Vá permitindo a fluência daquela sensualidade que lhe é peculiar, afinal, são seus os quatro planetas, não se limite nesta hora. Tome sol, encurte a saia pra parecer mais jovial e libere o decote, seus seios são divinos!!!
Está na hora de aceitar o convite daquele gato internauta que vc tanto recusou. Tire o garoto da prateleira finalmente, amacie-lhe o ego e pare de dar "trampo" no coitado. Combine os horários ( jure até a morte que foi coincidência ) e passe de mãos dadas diante do ex e sua nova "maquete de bolso".
É...seu acompanhante pode não ser o Brad Pitt, mas É UM GATO.
Pode não ter o carro do ano, mas É UM GATO.
Pode não ter o bíceps do Rambo, mas É UM GATO.
Vc pode até ter que pagar a conta, mas É UM GATO.
E pode, talvez, ser a única vez que vcs vão sair juntos e "ele", o ex, os verá.
Mas isso é detalhe, as "outras" vezes vc deixa na conta da imaginação fértil deste lobo sem graça e prepotente, pois certamente ela ( a imaginação ) o atormentará com as inúmeras e maravilhosas outras vezes!!!!!
NUM LUAR QUALQUER DE ABRIL...
De alguma janela bem intencionada, acionei o farol da lembrança, qual água a matar-me a sede em dias de verão outrora !
De onde saíram aqueles olhos de mel e de saudade que espelham um coração de pedra polida, centrada, escorregadia e melancólico?
Quisera partir neste barco à vela, sem sentido, sem nenhum risco no mapa e pra não mais aportar...
Triste luar!
Vazio de estrelas.
Soma tênue de amor consumido e ódio assumido.
Sombra de página virada, platéia calada,
cristais partidos ao chão!!!









Nada possa ser resgatado...
Ao tempo que tudo consome!!!