sábado, 1 de novembro de 2008

HSE - E800 - L9 - Capítulo 1


Escolhí o desenrolar dos fatos pra poder transpor aqui o que eu viví, a experiência eficaz e certamente adotada como foco de maturidade. Já havia falado antes sobre o que descobrimos sobre a saúde de minha filha de dez anos. O novelo foi,aos poucos,desenrolando e a novela ganhando capítulos desenhados na alma e no coração!


O caminho não poderia ser outro. Como nosso plano de saúde é ambulatorial, deixaram-nos as duas prováveis opções: Hospital do Fundão ou HSE. A trilha levava ao segundo,pois era lá que estava concentrada a equipe de especialistas, melhor unidade de terapia intensiva para ela e onde o pai tinha a indicação de uma pessoa importante. Hospital público tem isso e como disse esta pessoa importante: "Nestas horas,ou você tem um plano de saúde completo e bom ou segue para um hospital público". É, de preferência, com um bom indicativo!


O primeiro exame acusava abcesso no rim esquerdo. Aos poucos, a cada vez que íamos ao hospital em dia e hora marcados, reuníamos mais exames que nos eram solicitados. E que o nosso plano cobria. Isso facilitou, encurtou a jornada. Por fim, a decisão pela cirurgia, que eu tomei como "sentença", afinal, falava-se de minha filha,uma criança de dez anos e de uma patologia considerada incomum e anormal para esta idade. Desesperei? Ainda não. Havia quem apostasse num surto de minha parte. E havia também quem não acreditasse em nada disso que acontecia. Fiquei no segundo grupo! Mas,enfim, no dia dois de outubro, numa consulta solicitada, o cirurgião chefe de equipe,optou pela internação. Deveria ter sido quatro dias antes,mas Luísa apresentou febre alta e uma infecção acusada em exame de sangue, a qual não identificaram a origem. Estranho, pensei, nenhuma conclusão e no pronto socorro que a levamos ainda lhe aplicaram uma injeção de bezentasil. Absurdo? Eu me perguntava por que isso já que não haviam identificado a infecção. "Combate tudo",foi a resposta, acompanhada do aval do pai dela.

São tantas vertentes para o caso que eu já não encontrava raciocínio lógico,mas a minha intuição falava que absurdos deveriam ser evitados. Quando não se age sozinha, se encontra barreiras contra. O pior é que havia a dependência, no meu caso, de não estar só.


Luísa foi internada no oitavo andar do HSE, enfermaria oitocentos,leito nove, mais ou menos às dez horas da manhã do dia dois de outubro. Este setor,chama-se CIPE - Cirurgia Pediátrica.

Aí, começava para nós duas,obviamente, aquela que viria a ser a nossa experiência mais confusa , de valor inestimável. E que,de certa forma, nos será muito útil daqui pra frente.


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