E eu sei onde terminam as grandes paixões. Sei porque deixam pedras no caminho. Permitem visões, escoriações. Mas nunca sei onde começam. Estranho paladar de ameixas e anis capazes de adocicar e amargar os litros de fetiche que carregam!
Certa vez emprestei ouvidos à uma estranha num trajeto de metrô, que pausadamente narrava a sua desventura amorosa. Cada vez que ela aliava voz e embargo à determinado trecho, adentrávamos túnel sutil e eu, aliviada, acenava com a cabeça negativamente. Devo ter perdido,cautelosamente, os momentos picantes e de maior saudade para aquela criatura que possuía uma postura de mãos indelével. Sorria e chorava numa camada de aceno de mãos impressionante. Poderia enxergar de olhos vendados,toda a palidez da minha interlocutora qdo citava o nome vermelho da culpada: Paixão!
Já me apaixonei. Já contornei o vale da côr púrpura. As asas que me levaram, partiram-se. Voltei pelo solo até reconstruí-las mais tarde. E ainda lembro da névoa azulada que me conduziu ao solo. Foi insólito. Entristeceu, mas renascí.
Então,acalmei a moça e pedí que orasse. Sim,muitas vezes somos rsponsáveis pelos nossos desaventos, no momento em que no descuidamos de nosso lado espiritual e permitimos portas abertas ao desenlace das agruras. Ela entendeu e antes que pudesse dizer mais alguma coisa, acenou com sorriso mais calmo,de quem encontrou a resposta ao caos interior. Sei lá, às vezes divido palavras com desconhecidos e mais tarde eu mesma as envolvo em meu caminho. Guardei as frases e lágrimas da moça , o adeus de mãos magras e elegantes e a porta do trem fechando-se majestosamente. Guardei o pulsar de seu coração ao falar de momentos de total ausência da razão, de um certo vinho e final de noite entre lençóis. Fiz meu apanhado,mesclei e fechei no baú. Sei lá, posso ser a próxima a precisar dele. Melhor não arriscar, posso não ter a mesma sorte e me expor pra pessoa errada!
E lá se foi o metrô pra próxima estação.
Ou pra próxima paixão!
Já me apaixonei. Já contornei o vale da côr púrpura. As asas que me levaram, partiram-se. Voltei pelo solo até reconstruí-las mais tarde. E ainda lembro da névoa azulada que me conduziu ao solo. Foi insólito. Entristeceu, mas renascí.
Então,acalmei a moça e pedí que orasse. Sim,muitas vezes somos rsponsáveis pelos nossos desaventos, no momento em que no descuidamos de nosso lado espiritual e permitimos portas abertas ao desenlace das agruras. Ela entendeu e antes que pudesse dizer mais alguma coisa, acenou com sorriso mais calmo,de quem encontrou a resposta ao caos interior. Sei lá, às vezes divido palavras com desconhecidos e mais tarde eu mesma as envolvo em meu caminho. Guardei as frases e lágrimas da moça , o adeus de mãos magras e elegantes e a porta do trem fechando-se majestosamente. Guardei o pulsar de seu coração ao falar de momentos de total ausência da razão, de um certo vinho e final de noite entre lençóis. Fiz meu apanhado,mesclei e fechei no baú. Sei lá, posso ser a próxima a precisar dele. Melhor não arriscar, posso não ter a mesma sorte e me expor pra pessoa errada!
E lá se foi o metrô pra próxima estação.
Ou pra próxima paixão!