segunda-feira, 23 de junho de 2008

LIBERDADE

Por que a liberdade assusta tanto depois da reclusão por anos sentida?
Há alguns "nós" a serem dasatados, poeira pra ser retirada, chão passado à limpo,
quimeras importadas!!!
O vento que sopra e traduz frio em janela fechada, por sí só deixaria o inferno mais
fresco, hora não fosse a tormenta do fogo infinito.
Não se diria o coração apertado, a mente vazia, os sonhos deletados,
não fosse a lembrança ofuscada e presença sombria de temores concretos.
Por que a liberdade não se toca, não sente a mão estendida,
não alivia as dores de uma alma em prantos,
de uma mãe em semblante cálido e despido,
a buscar rizomas profundos !
O que atrai a litigiosa paixão,
desencadeia o choro perdido e embalado pela solidão,
que não se detém ao cair da noite, da escuridão,
e entrelaça metas não cumpridas.
Oh! Liberdade enfática e distante!!
Qual braço lhe alcançaria?
Qual voz lhe gritaria,
no berço autista e prudente,
que meu desejo desperta e promete servir sempre!

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